terça-feira, 9 de novembro de 2021

       O papel da emoção na tomada de decisão


Será que existe tomada de decisão com sensatez? E como os fatores sociais, culturais e emocionais influenciam o comportamento do consumidor? Normalmente nós tomamos decisões na base da emoção e depois criamos razões racionais para justificá-la, principalmente quando dão errado. Ao tomar decisões, avaliamos o valor das escolhas disponíveis, através de processos cognitivos e emocionais. Segundo o neurocientista Antônio Damásio (2016), o uso da razão sem emoção não garante boas escolhas. Damásio, que conquistou reconhecimento internacional na área da neurociência, relaciona sentimentos como o medo e a compaixão ao processo de tomada de decisão. O autoconhecimento, a consciência de outros fatores que influenciam o processo, ter ciência das emoções que nos compõem, nossas memórias emocionais acumuladas com as experiências, tudo isso reflete na tomada de decisão. Razão e emoção, segundo o autor, devem andar juntos para que possamos fazer melhores avaliações e decisões. 

Segundo o autor, uma decisão sensata não é uma decisão tomada apenas com conhecimento, sendo que os fatores pessoais e de afeto social devem ser considerados no momento desta decisão. Para o autor, quanto mais as pessoas compreenderem que certos fatores pesam muito para suas tomadas de decisão, como os fatores culturais, maiores são as chances de as decisões sensatas virem à tona.

De acordo com Damásio (2016) as pessoas vivem de forma muito diferente do que há trinta anos, e a velocidade e quantidade de informações são muito diferentes do passado. A tomada de decisão é influenciada tanto por estímulos ambientais, que operam a nível sensorial, cognitivo, afetivo e social, quanto pela organização morfológica e funcional do sistema nervoso, processos neuroquímicos e circuitaria neural. 

Silvia Zanata

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